30.4.09

O vazio... dinovo?
Foi beber o mar!
Sentia.. simplesmente!



















Assim.. além das palavras!
Ela se sentia íntima das flores ultimamente..
Gostava de colocá-las na cabeça, como as borboletas...
Apreciava essa intimidade!
Era a calmaria.
E o vento leve que batia em seu rosto, apesar de não anunciar nada, enchia um pouco seu coração.
O novo demorava a chegar.
Ela apenas sentia!

27.4.09

Ás vezes ela não sabia medir.. não sabia o tamanho das coisas..
Elas eram do tamanho que ela pensava ser? ou menores?
Aceitava a dúvida!
Por medo de esquecer,
Ela adquiriu a mania de escrever.
Ler era uma forma de lembrar..
Pensou: é preciso apaixonar-se pela rotina?
Era uma integração com a natureza.
Uma integração física.
Como abraçar a grama...
Como beber o mar ou a chuva..
Ela queria o prazer de sentir!
Ela fantasiava.
Ah!
As flores estavam tão belas..
Tão repletas delas mesmas ..
Encantou-se!
A sua dança era secreta..
E de tão bonita irradiava cores..
Ela queria mais!
Tinha medo de uma de suas manias, a de embelezar as coisas.
Era assim, naturalmente.
O medo era de um anestesiamento, de uma cegueira.
Pensava nisso às vezes..
Mas logo voltava a encantar o olhar!

14.4.09

Hoje ela se contentou em ler!

12.4.09

Sempre foi assim:
Ela ria e chorava, chorava e ria..

11.4.09

E Ela, ainda levemente entorpecida pelo vinho, deitada na varanda, sentia os pingos de chuva sobre seu rosto e seu corpo..
Foi de uma plenitude indizível...
E este tornou-se o momento mais belo de seu dia.

9.4.09

E Ela, ao final, chorava.. era como um não-saber-sabendo...
Ela tornava-se então, no instante-já, e em uma comunhão secreta,

o universo inteiro..












(tudo uma coisa só
eu, tu, ela, a pedra, as palavras, o verso, a dor, tudo...)
Ela leu: deixo-me acontecer...








...e deixou!

6.4.09

Chovia..
E ela viu a beleza das nuvens cinzentas!

3.4.09

Mas quando saiu à rua.. e caminhava..
Viu pontinhos coloridos que eram flores.. não pôde deixar de sorrir..
E tudo se expandiu..
Ela se encantou!
Abre a janela agora, deixa que o sol te veja! - dizia a música..
Mas chovia.. e era como se ela chorasse pelo céu..
O dia estava tão cinza quanto o seu olhar..
Era ele, o vazio!
E então acordou..
Não como quem acorda de um pesadelo.. nem tampouco como quem acorda de um sonho pleno.. Foi como se, de repente, sentisse um vazio..
E isso a entristeceu..

2.4.09

Foi engraçado!
Hoje todos falaram de sua beleza.. e ela não entendeu porque..
Diziam que tinha um brilho no olhar!
E então pensou:
Quero esquecer de mim.
Era dia da mentira..
Ela descobriu que se enganava.. e foi triste!
Ela pensava:
A natureza é tão linda que chega a doer nos olhos!