18.8.09

Equando ela pensou que tinha acabado, ainda chegaram as estrelas...

e os vaga-lumes!
O céu é uma aquarela!
Encontrou-se consigo mesma.
Foi lindo!

Uma grande descoberta!
A água a incorporou!
Abraçou a grama!
O vento era mar!
Se balançava...


o
céu.

perto
longe
perto
longe

tudo de cabeça pra baixo.

folhas e sol.
é

tudo

uno








outras palavras.
Será que estes olhos são meus?
Ela achava que os olhos estavam loucos, via arco-íris em todos os lugares...
Ela viu...







Mas as flores azuis não queriam ser fotografadas...
Ela viu...







Brilhava..
Brilhava...
Não cabia em palavras...












Ela apenas sentia, e via!



9.8.09

Ela...













... entorpecida!

8.8.09

Experimentou...


as sensações dos corpos.


Era bom.
Eram 16:30 e estava na rua..








...isso a deixava feliz.
Ansiosa...





Era ela.
Ela viu...




a beleza laranja.

23.7.09

Frustrada...










Ela fracassava!

11.7.09

A noite vazia..










e o amanhecer bonito.
só ser.

10.7.09

O tempo...

Úmido.

As horas...

Úmidas.

As lembranças...

Úmidas.



Era ela.



Ela era.
A pele...




sussurra.

A pele...



grita.



Ela ouvia.
Ela gostava das tardes..
Sentia uma felicidade simples..
Só de estar na rua..

30.6.09

Em suas flutuações perdia a noção do tempo...
Era como dormir,
Como sonhar!
Era a noite mais escura..
E mais bela.



Ela viu!
Ela fantasiava.
"E o mar se abriu pelo meio dos prazeres..."




Ela ouvia a música!
A pele.










Úmida.
Ela sonhou...








Prazeres ainda não experimentados...
Lembrou.

Sempre sonhava com o mar...
Suas ondas eram sempre fortes, furiosas..
Se afogava..

Sempre..
Ela sonhou com o mar.






E ele a devorava...

14.6.09

cansaço.
Percebeu, então, o motivo de viver no quase.
No agora, lembrava e projetava.











Só queria ser. sendo.

13.6.09

todos deitaram na grama.
ela viu..

océu
azulescuroazul

alua
cheiacheiacheia

10.6.09

Tão simples...















Ser.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.caiu.
Ela tinha essa mania..
De, solitariamente, descobrir pequenas coisas.
O
corpo..
O coração..

Ela
inteira.. maior... infinita...








não cabia em si.
Era lindo.
Entrava pela boca, nariz, olhos e ouvidos..
Entrava pela pele...
Ela parou para ouvir o mar...

Estava ele, imenso, na sua frente.

E era ela, inteira, o mar.

9.6.09

Ela pensava muito sobre o que valia um instante..
Não mais se satisfazia..
Gostava de ficar entorpecida..
Isso se repetia..
Às vezes era bom.. às vezes não.
Ela queria algo grande, muito grande..
e nem sabia o que era...
talvez soubesse sem saber...
Ela não mais se encaixava nos lugares cotidianos..
Era ele, outra vez...





















o vazio.

6.6.09

Ela enxergava como num caleidoscópio..
As coisas mudavam de formas constantemente.
Infinitas possibilidades. e cor.
Assim pensava.
Se diz sim ao instante? como? - ela pensou.












Às vezes se sentia alheia a vida.
Ouvia um barulhinho..











como o mar.

Tinha o mar dentro de si.
O vento batia em seu rosto.
Era como um tapa.

claro
escuro
claro
escuro.
via..




frio.
Não era da sua natureza, ela sentia.
Tão artificial. Tão inútil. Tão vazio.








tempo.
tempo.
tempo.
Às vezes ela não se encontrava..
O que fazia alí?

4.6.09

Ela fantasiava...

3.6.09

...
O................................. O

.................O
.................................O .............................O
................................................O
........O

.................................O
O

.....;;
..














não cabia em palavras.

31.5.09

Várias e além.
Todo mundo e ninguém.
O que se vê e o que não se vê.
Tudo e nada.
Infinita.




























Ela se expandia...
Assim..
























Indizível...

30.5.09

Ela adora árvores..
Em especial as que chovem cor-de-rosa!
Ela simplesmente sentia...
E se, de repente, alguém apresenta-lá a si mesma?..












Pensou..
Ela sentiu uma vibração.
Seu corpo inteiro estremeceu.
E foi bom.

28.5.09

Ela vivia no quase.
Eram quase-acontecimentos.
Isso a inquietava!

27.5.09

Parecia um sonho..
caminhava.. havia uma neblina incomum..
brincava com um guarda-chuva como se fosse uma espada...
e dois cavalos passaram.








Surreal!
Ela pensou:
Eu sou o mundo e o mundo me É.

22.5.09

Ela tentou racionalizar..
Mas o prazer estético era maior..
e tomou-a!










Ela apenas sentiu!
E a chuva deixava tudo úmido..
O coração úmido..
Ela-chuva!
Ela se enchia, e o coração gordinho, com a presença de pessoas queridas..

21.5.09

Viu as flores caídas embaixo da árvore e pensou:
será que caíram de maturidade, como as frutas?
Escuro...
Chovia...
Ela viu e ouviu.. relâmpagos e trovões.

13.5.09

Sentiu uma necessidade urgente.
Como se, para entrar em comunhão completa com tudo o que via e sentia, precisasse ingerir a natureza..
Então pensou na maçã que trazia na bolsa.
Era uma maçã de cores verde e vermelha, assim, como se não estivesse pronta para ser consumida.. não muito madura mas suculenta, como um pecado.
Ela comeu como se quizesse comer o mundo... até o talo... até o oco.
Ela fez amizade com uma formiga.
Quando olhou bem de perto suas mãos e braços..
Viu os pequenos pontos luminosos..
Como se pequenas estrelas estivesse grudadas em seu corpo.
Abriu as mãos, e, como se estivesse recebendo uma graça..
Ela sentiu o calor estonteante do sol.
Ela fora para aquele lugar,
De onde se podia contemplar o mar e a cidade,
Para melhor se sentir...
Parou um tempo.. fechou os olhos e foi como se sumisse de si mesma..
Apenas sentiu.
Atrás dos óculos escuros, os olhos...









marejados.

12.5.09

Ela precisava se distrair!

11.5.09

Ela estava com a cuca cheia de idéias!



10.5.09

Alguns acariciaram seus cabelos.

Ela gostou!
Ela tinha um velho hábito...
Sempre que visitava a casa da avó..
Olhava os álbuns com fotografias antigas.
Era como um ritual.
(suspiro)
vazio.

9.5.09

...
silêncio
...
Se perdeu no azul daquela manhã...
Não bebeu o mar... mas bebeu o céu, o sol e as nuvens.
Ela abriu os braços e sentiu.
Ela roubava pensamentos!
palavra
palavra
palavra
(silêncio)
palavra
(silêncio)
palavra
(silêncio)
(silêncio)
(silêncio)
palavra
.

5.5.09

Mascava o chiclete de sabor tutti-frutti..
Foi como se viajasse ao passado...
Tinha gosto de infância!
















E fazia bolas... era engraçado!
Ela parece uma criança! - Diziam..
Hoje o amarelo dominou seu olhar.
Ela aceitou!

2.5.09

E se enganou.
O céu cinza.











E o coração?
Talvez..
E veio chuva...
Mas, ao contrário do que esperava, não lavou.. nem renovou nada.
Também não matou a sede.
Ela não matou a sede!
Ela bebeu o mar!






e bebeu o rio!

30.4.09

O vazio... dinovo?
Foi beber o mar!
Sentia.. simplesmente!



















Assim.. além das palavras!
Ela se sentia íntima das flores ultimamente..
Gostava de colocá-las na cabeça, como as borboletas...
Apreciava essa intimidade!
Era a calmaria.
E o vento leve que batia em seu rosto, apesar de não anunciar nada, enchia um pouco seu coração.
O novo demorava a chegar.
Ela apenas sentia!

27.4.09

Ás vezes ela não sabia medir.. não sabia o tamanho das coisas..
Elas eram do tamanho que ela pensava ser? ou menores?
Aceitava a dúvida!
Por medo de esquecer,
Ela adquiriu a mania de escrever.
Ler era uma forma de lembrar..
Pensou: é preciso apaixonar-se pela rotina?
Era uma integração com a natureza.
Uma integração física.
Como abraçar a grama...
Como beber o mar ou a chuva..
Ela queria o prazer de sentir!
Ela fantasiava.
Ah!
As flores estavam tão belas..
Tão repletas delas mesmas ..
Encantou-se!
A sua dança era secreta..
E de tão bonita irradiava cores..
Ela queria mais!
Tinha medo de uma de suas manias, a de embelezar as coisas.
Era assim, naturalmente.
O medo era de um anestesiamento, de uma cegueira.
Pensava nisso às vezes..
Mas logo voltava a encantar o olhar!

14.4.09

Hoje ela se contentou em ler!

12.4.09

Sempre foi assim:
Ela ria e chorava, chorava e ria..

11.4.09

E Ela, ainda levemente entorpecida pelo vinho, deitada na varanda, sentia os pingos de chuva sobre seu rosto e seu corpo..
Foi de uma plenitude indizível...
E este tornou-se o momento mais belo de seu dia.

9.4.09

E Ela, ao final, chorava.. era como um não-saber-sabendo...
Ela tornava-se então, no instante-já, e em uma comunhão secreta,

o universo inteiro..












(tudo uma coisa só
eu, tu, ela, a pedra, as palavras, o verso, a dor, tudo...)
Ela leu: deixo-me acontecer...








...e deixou!

6.4.09

Chovia..
E ela viu a beleza das nuvens cinzentas!

3.4.09

Mas quando saiu à rua.. e caminhava..
Viu pontinhos coloridos que eram flores.. não pôde deixar de sorrir..
E tudo se expandiu..
Ela se encantou!
Abre a janela agora, deixa que o sol te veja! - dizia a música..
Mas chovia.. e era como se ela chorasse pelo céu..
O dia estava tão cinza quanto o seu olhar..
Era ele, o vazio!
E então acordou..
Não como quem acorda de um pesadelo.. nem tampouco como quem acorda de um sonho pleno.. Foi como se, de repente, sentisse um vazio..
E isso a entristeceu..

2.4.09

Foi engraçado!
Hoje todos falaram de sua beleza.. e ela não entendeu porque..
Diziam que tinha um brilho no olhar!
E então pensou:
Quero esquecer de mim.
Era dia da mentira..
Ela descobriu que se enganava.. e foi triste!
Ela pensava:
A natureza é tão linda que chega a doer nos olhos!

30.3.09


Um dos desobjetos dela.
Ela ficou decepcionada quando observou que os óculos que usava deixava o céu-menos-azul..
Mas se alegrou quando olhou para o mar...
O deixava ainda mais-verde!
Ela pintara as unhas de vermelho..
Não apenas por vaidade e também por vaidade.. .
Principalmente porque gostava da cor e de tê-la perto.
Coisa que não suportava era a ausência de cores..
Era tão forte que chegava a doer nos olhos...
Mas não era mau...
Ela se perdeu no azul daquela manhã...

26.3.09

Ela dançava em segredo..
Era quase um ritual!
À noite, antes de dormir..
..a mesma música..
Certa vez ela escrevera sobre suas flutuações...

come morangos e contempla o rio: ele brilha!

toma sorvete e contempla o mar: ele verde!

come melancia e contempla o céu: ele filme!

25.3.09

E de noite se encantou com o chão de flores amarelas!
Estava sem tempo para flutuações...
Porém, quando olhou a grama cor-de-rosa embaixo da árvore que chove, não pôde resistir.
Passou alí um tempo, observando... e viu!
Parecia de mentira, parecia um cenário...
Se encantou!

23.3.09

Ela gostava de embelezar as coisas.
E por causa dessa mania via coisas que não existiam..
E acreditava...
Às vezes era ruim!
Ela dizia: é como uma mentira que você conta acreditando que é verdade!
Sentia o vento no rosto..
E por um instante quase voou...
Abriu os olhos e estava feliz!
Era engraçado...
Ela acreditava!
Ela estava cansada...
Tinha os olhos pequenos.
E o cansaço os deixava ainda menores.

22.3.09

Estava com o coração apertado.
Não sabia porque..
Queria expandir!
A plenitude..
Ela queria entrar em estado de graça!
Apreciava passear por lugares belos.
Tentava sempre ir por caminhos diferentes...
Para encontrar novas paisagens e encantar olhar!

18.3.09

Ela gostava de fabricar desobjetos:
monstros, borboletas ou arco-íris..
Observou que, apesar da chuva, o sol se fazia presente..
O que deixava as nuvens cinzentas um pouco amareladas..
Procurou, então, os arco-íris.. mas não encontrou nenhum.
E isso a decepcionou!
Diziam dela:
- tem uma risada apaixonante!
Ela acreditou..
Adora rir!

10.3.09

Ela não gostava de pensar em espaços vazios..
No possível espaço vazio deixado por pessoas queridas..
Seu coração se encolhia, ficava pequeno.
Ela sempre se apaixonava!
Por tudo aquilo que a vida pudesse lhe dar:
imagens, pessoas, momentos, gato, cachorro, vento, cor, nuvem...
Ela apreciava muito a noite, porque com o céu negro conseguia enxergar o brilho das estrelas.
E apreciava sobretudo as tardes.
Porque gostava do tom de azul do céu e das outras cores no horizonte, na hora do crepúsculo.

8.3.09

Era engraçado!
Ela tinha um horário predileto.
Entre 16:30 e 17:00.
Preferia estar na rua, porque o sol era refletido em todos os objetos da cidade.
E ela gostava de sentir.
O que ela mais desejava era um dia em que pudesse passar as horas deitada na grama, embaixo de uma árvore...
olhando para o céu.

6.3.09

Não gosta da imagem de prédios cobrindo o céu.
Ela prefere as nuvens!
Ela enxergava o verde mais do que as outras cores, principalmente naquele dia.
O verde lhe dava uma imensa sensação de amplitude!
Estava no ônibus e havia uma música em sua cabeça.
Sentia-se bem como vento batendo no rosto.
Por causa de uma leve inclinação, começou a imaginar que o ônibus dançava num doce ziguezague.
E acreditou!
Ela gostava de delirar.

5.3.09

Ela dizia:
Adoro varandas! É tudo tão bonito!
Deve ser por isso que algumas pessoas resolvem voar...
Era engraçado.
Em sua rua havia uma ponte e nela escreveram: Que sonha alto!
E toda vez que pisava nas palavras... ela sonhava!
Se sentia bem com essas interrupções em sua rotina.

4.3.09

Não negava ser de leão, admitia apenas para si mesma!
Certo dia dançava como se tivesse uma platéia. E tinha!
Dançava para si e para os outros. E nesse momento achava-se bela.
Sua platéia eram duas pessoas, apesar de estar na multidão.
Chegava até ela uma energia que tinha um misto de sensualidade e desejo..
Ela apenas sentia.
Por vezes diziam que era louca...
Era uma loucura mansa.. de afrouxamento das idéias.
Adquiriu a mania de escrever..
não sabia o porquê..
Será que estava se descobrindo?
O tempo passava e ela sentia falta de algo que a arrebatasse!
Que a levasse ao delírio, ao doce delírio..
Não podia fazer nada.. a maré era mansa..
Não podia forçar a natureza das coisas e dos acontecimentos..
Assim passava os dias..
À espera do desconhecido.
Havia monstros em sua cabeça!
Mas não eram maus. Eram brincadeiras..
coloridos e engraçados..
Vez por outra pulavam e fugiam de lá!
Estava sem tempo para o que dava valor...
Aquelas coisas que para outros são desimportantes, como criar ou olhar desobjetos.
E tinha medo que as idéias fugissem de sua cabeça. Queria "aprisioná-las", no papel ou no tecido!
Costurava... e nos últimos tempos tinha uma grande curiosidade por ilustrações..
Principalmente as lúdicas..
Olhava pelo retrovisor a imagem da avó.
Era estranho pensar o quanto a conhecia.
Tanto e tão pouco.
Ficou a imaginar o que se passava em sua cabeça..
Passou a viagem inteira divagando..
E se encantou!

Enquanto o ônibus andava, pensava em coisas sem grande importância..
Observou a tinta raspada da cadeira à sua frente e usou a unha para arrancá-la..
isso lhe dava um imenso prazer, era estranho..
Continuou assim por um bom tempo..
A essas manias dava o nome toc, embora não o fosse em verdade.
Era engraçado, porque alguns acreditavam!